segunda-feira, 6 de maio de 2013

Diálogo entre irmãs

Caros leitores, eis que de novo reapareço, (ainda desabafando) desta vez mais consciente, depois de ter refletido muito, ter pensado muito nas traições terríveis infligidas a mim, que acreditava tanto na beleza e suavidade das pessoas.
Amigos, vocês não sabem como é bom conversar com vocês sobre minha vida. Nesses momentos não há máscaras, não há engodos, somente a claridade, a transparência paira serena sobre minha mente. Ah, amigos, caminhar na verdade é uma das melhores coisas que podem acontecer a um ser humano. Acredito que, infelizmente, muitas pessoas na minha situação fariam como as avestruzes, enfiariam suas cabeças embaixo da terra e, sentindo-se pequenas e destruídas definharam até a morte. Mas eu, Luiza, sou diferente da maioria das pessoas. Eu vim ao mundo para fazer a diferença no mundo. Não direi a vocês que não tenho chorado, pois tenho chorado, afinal, sou humana, mas, amigos vou lhes confessar: Tenho gritado e como gritado. Acredito que gritar chama a atenção e sabem por que quero chamar a atenção do mundo? Fora ensinar ao mundo que ninguém pode alcançar a felicidade, roubando, enganando, e traindo. Outros seres humanos. Ninguém é feliz à custa da infelicidade dos outros. Ninguém.
Bem, a finalidade desta postagem é, positivamente, mostrar a vocês uma visita que fiz a minha irmã, depois de ficar sabendo de toda a traição a mim infligida (tripla traição).
Foi assim que aconteceu: Minha filha disse para mim: - Mãe vamos até a casa da minha tia, quem sabe descubramos alguma coisa sobre essa sujeira toda... E respondi: - Vamos filha, mas antes orar e pedir ao Espírito Santo que nos revele a verdade. Afinal, ele é o dono da verdade... Dito isso, entramos no carro e fomos até a casa de minha irmã. Eu, durante o trajeto, me sentia um pouco ansiosa, afinal não sabia como ela me receberia... Havia uma expectativa no ar... Eu me sentia confiante, afinal, eu, como esposa traída, tinha o direito de conhecer toda a verdade dos fatos e, como mulher inteligente que sou, começaria pela fonte, ou seja, pela irmã que, ao longo da vida sempre odiou, sempre me amaldiçoou sem nenhuma razão para isso. (Para entender leiam "Maldição sem causa não procede").
Amigos leitores, quando estacionamos na frente da casa de minha irmã, saímos do carro, batemos palmas e ela apareceu na porta e veio nos receber no portão. (Agora, quero que prestem bastante atenção na conversa estabelecida entre eu, minha irmã, minha filha e os dois filhos de minha irmã que lá estavam presentes. Prestem atenção e tirem suas próprias conclusões à respeito de culpa ou não culpa envolvimento ou não envolvimento da minha irmã nessa traição lasciva e doentia).
Bem, voltamos ao portão dela, no momento em que nos recebeu a mim e a minha filha. Bem, ela veio ao nosso encontro (quero dizer que minha irmã já é uma mulher idosa mais ou menos 75 anos). Ela é evangélica a mais de 30 anos, usa roupa nós pés, faz parte de uma igreja evangélica tradicional e não corta os cabelos desde que se tornou evangélica. No conceito de minha irmã cortar os cabelos é "PECADO" um ato de traição a Cristo.
Queridos leitores, assim que minha irmã chegou ao portão, ela abriu somente o necessário para pôr a cabeça para fora. (Agora, pergunto a vocês, é desse modo, que se recebe uma irmã dilacerada pela dor? Dor essa causada por sua própria filha).
A primeira frase que minha irmã disse para mim foi a seguinte: - Eu queria morrer, eu queria morrer! Eu, sinceramente, senti fingimento naquelas palavras, e eu e minha filha nos entreolhares. Houve uma pausa de segundos. Acho que ela pensou... Vão embora, o que estão fazendo aqui? Mas para surpresa dela não arredamos pés. Nós, eu e minha filha nos sentíamos gigantescas. Em seguida, minha irmã sem outra opção disse: - Quer entrar? Ao que eu respondi prontamente: - Poxa, minha madrinha; deixe-nos sentar, pelo menos na sombrinha da varanda. (Fazia muito calor e o sol estava quente). Ela abriu mais um pouco o portão e nós entramos no quintal, nos aproximamos da varanda. Antes de sentarmos na pilastra da varanda, minha filha olhou para cima, e fez um comentário sobre o telhado da casa da minha irmã. Minha filha disse: - Tia, a senhora sabia que eu descobri que meu pai e sua filha eram amantes através deste telhado? E prosseguiu: - É. Eu li uma mensagem no celular do meu pai que dizia: - Oi amor, já posso começar o telhado? Ao ouvir isso, notei que minha irmã ficou pasma, mas retrucou: - Não. Esse telhado custou meu dinheiro, o meu dinheiro! Dito isto, logo em seguida, se contradisse: - É, mas sobrou um restinho de telha e de madeira, estão ali embaixo, ela fez uma pausa, e completou: - Se quiserem levar?! Ora, ora, pra bom entendedor meia palavra basta, não amigos? Primeiro ela, minha irmã, disse veementemente, esse telhado custou o meu dinheiro!!!
E logo em seguida ela diz: Mas se quiserem levar... Isso só tem sentido pra mim. Se o telhado era dela, custou o dinheiro dela, por que ela nos mandaria levar o resto. Ora, ora, o resto também era dela, concordam comigo? (Amigos, vocês não tem noção da satisfação que é, quando se anda na verdade, a mentira sempre nos desgoverna, ao passo que a verdade nos governa, e nos dá direção, e andar na verdade é a maior riqueza que uma pessoa pode ter. Eu me sinto feliz por ter andado nela pela vida afora. Naquele momento ali, na frente daquela pobre mulher eu cresci e, sinceramente, senti muita pena, muito desgosto em meu coração por ter saído do mesmo ventre que aquela mulher).
Queridos leitores, dando prosseguimento àquela constrangedora visita, vamos ao próximo passo. Minha filha e eu logo pressentimos que estávamos em desvantagem ali: Primeiro, a casa era da minha irmã. Segundo, não éramos bem vindas. Terceiro, entre minha irmã estavam seus dois filhos adultos, como a dizer pra nós: - Vão embora, minha mãe está protegida... Só o que eles não sabiam é que nós também estávamos protegidas e, bem mais protegidas! Estávamos com o Espírito Santo de Deus, em busca de verdade dos fatos e crescemos, não arredamos os pés. Minha irmã falou: - Ele não deveria ter sido padrinho de casamento da filha do meu irmão, ele não deveria... (Minha irmã se referia ao meu marido). Eu fiquei pasma com aquela afirmativa tão descabida e retruquei: - Quer dizer que a senhora está preocupada com isso? Com o fato de o meu marido ter sido padrinho de casamento... Ora, ora minha irmã, a senhora não acha que deveria estar preocupada com a vergonha que a sua filha está causando a senhora e a toda a nossa família? Ao que ela prontamente respondeu: - Mas ela é solteira, né?
Nesse ponto eu já gritava de indignação: - Meu Deus, que Deus a senhora serve? Então, a senhora acha que, pelo simples fato de ser solteira dá a sua filha o direito de destruir uma família inteira, ou seja, destruir a mim, meus filhos, e meus netos... E aí me responde?! A senhora acha isso? Que tudo o que a sua filha fez se justifica porque ela é solteira? Logo em seguida, sentindo uma quentura intensa por todo o corpo, eu explodi: - Minha irmã, que Deus a senhora serve? A senhora conhece os valores morais imprescindíveis, que deve reger todas as criaturas, deste mundo? Valores como decência, respeito, dignidade, gratidão, responsabilidade por nossos atos... É, minha irmã, chego a uma triste conclusão. A senhora é tão pobre quando sua filha e sinto pena da senhora e dela.
Caros leitores, prosseguimos com o diálogo constrangedor. Depois de ter me dito que a filha era solteira, concluí de imediato, que aquela mulher não conseguia ver erros em sua filha, assim, na concepção dela, o meu marido era o único que errava.
Logo depois dessa conclusão, a única coisa que pensava: - Preciso sair daqui, vou vomitar! Meu Deus, que mundo é esse que estamos vivendo?! Quando falei com a minha filha para irmos embora, pois já estava me sentindo mal, minha irmã caminhou conosco até o portão de sua casa. Meu coração parecia que ia sair pela boca, tal o meu desgosto, minha decepção.
De repente, minha irmã disse num tom visível de deboche: - É. Eu só não sei como ela vai aprender a passar as camisas dele. Com aquelas palavras, proferidas por uma mulher que se diz evangélica, eu paralisei, minhas pernas bambearam, engasguei e senti um fogo no corpo inteiro e meu corpo pareceu flutuar uma voz disse bem audível aos meus ouvidos: - Mantenha-se firme e segura. Mostre a essa mulher que você é filha e escolhida do Altíssimo, abre a tua boca, vamos, abre a tua boca. E aí, amigos, algo de extraordinário aconteceu, algo tão incomum que não há palavras para definir.
A única coisa que sei é que meus pés se elevaram do chão, eu me sentia um gigante, e um fogo intenso subiu em meu corpo. Subiu da ponta dos dedos dos pés até os cabelos. Naquele momento eu me senti ousada e poderosa. Não sairia daquela casa, cabisbaixa e pequena. Não. Não sairia. Com custo consegui responder aquela mulher e minha voz audível e com grande autoridade. Eu disse: - Minha irmã, a senhora sabe quando a sua filha passará as camisas do meu marido? Nunca, tá entendendo, nunca! Sabe, por que, minha irmã? Porque sou eu quem passo as camisas dele. Eu. E a senhora sabe o que entendo com esse seu deboche do inferno. "A senhora sempre sonhou com isso, a senhora sempre sonhou, que um dia sua filha tomasse o lugar de sua irmã, que o marido montasse uma casa para ela, e que fossem morar juntos, ou quem sabe, separar-se de mim, e casar-te com a sua filha. Ele alugou um apartamento, e mora sozinho. E por fim eu disse, em tom suave e tranquilo (uma onda de calmaria me invadiu naquele momento).
Minha irmã, embora a maioria dos evangélicos acham que só se tem Deus quando se está frequentando uma igreja, eu tenho que discordar. Veja a senhora, por exemplo, frequenta a igreja há mais de 30 anos e não conhece, tampouco teme o Senhor... E eu, que não frequento a igreja, estou diante da senhora agora, cheia de autoridade do Espírito Santo... E a senhora sabe no que eu acredito? A Igreja de Cristo somos nós, ela está dentro de nós. Nós somos o Templo Vivo do Espírito Santo. Não adianta nada irmos à Igreja física se não temos a Igreja Espiritual.
Quando terminei de falar, o meu corpo parecia uma tocha de fogo, contudo me senti aliviada. Entrei no carro, eu e minha, e fomos para casa.
No caminho para casa, ficamos em silêncio. Precisávamos do silêncio para ter dimensão exata de tudo o que se passava nas nossas vidas. De vez em quando, olhava para a minha filha e meu coração doía, pois sabia o quanto já sofrera (meus filhos sabiam das traições há cinco anos).
Apesar de toda decepção de toda dor que estava passando, havia em mim algo extraordinário, um sentimento de dever cumprida, consciência de saber, que EU havia, durante 40 anos construído a minha história. Ela era minha e ninguém poderia roubá-la de mim. Outra coisa que me faz ficar em paz, é saber quem realmente eu sou: Uma mulher íntegra, poderosa e vitoriosa e que posso sair por aí de cabeça erguida, sem nenhuma vergonha.
Queridos amigos, sinto-me uma sobrevivente da podridão desse mundo torpe em que, infelizmente, vivemos. Mas, pensam que vou desistir? De modo algum. Vou lutar, vou me direcionar para as boas Obras, vou trabalhar, vou sorrir, vou amar e vou me dedicar ao livro que pretendo publicar " A mulher que precisa de todos os abraços do mundo".
OBS: Para aqueles meus amigos leitores que tem acessado a minha história de vida tenho um pedido a fazer: - Por favor, divulguem o meu blog, me ajudem a fazê-lo chegar à mídia, à televisão, enfim, a pessoas certas que possam me ajudar na publicação da minha história.
" Eu pensei em Luciano Huck, será que ele se interessaria pela minha história de vida. Alô Luciano, estou te esperando!..."
Meu email: luizafonseca54@gmail.com